Olhando afora me perco
olhando à dentro me acho
por pouco, quase que esqueço
qual lado do peito me arde
a falta que sempre me agride
lembrança que sempre me invade
sentidos que quase emudeço
passando por tanta vontade
caminhos que eu subverto
semblante chegando tarde
na sombra, quase enlouqueço
por causa de amor covarde
são meses sem endereço
são noites sem teu enlace
queimando forte em meio peito
um pranto que nunca se abre
perdendo, um forte desejo
guiando afora esse impasse
por mais que eu olhe, não vejo
um tico que chegue e acalme
percebo que é desespero
respiro e bebo um conhaque
caminho à noite e percebo:
Quem dança e aperta o start
na vida, vence certeiro.
Porque amor é mortal combate!